quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Entre os sapos da vida, o sapo.

Os coaxás todos me confundiam
tinha um sapo especial, eu sabia
sabia que vinha um dia, sabia que quando viesse eu insistiria, que daria um beijo nele ou o mataria
Sabia...
Ele saltou, discreto, de manso, e me roubou o beijo no meio do pântano
eu não tinha sal
nem tamanho
não tinha coroa, não era rainha
mas aquele grande sapo vinha
e quando chegou bem perto de mim e me beijou, luzes e sinos piscaram e tocaram e eu fiquei esperando a magia.
Quando acordei vi
nunca fui princesa e nunca tive um principe.
O sapo é enrugado, o amor também é
O sapo morre com o sal, e o doce do amor quando misturado com esse tempero se torna morto também
O sapo salta, o caração tabém
O sapo sempre foi feio, desde girino, e aí é que mora a tristeza, na metamorfose do amor, ele já foi bonito.


"Ando pensando em você e isso engravida um pouco as coisas..."

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sendo este um jornal por excelência, e por excelência dos precisa-se e oferece-se, vou pôr um anúncio em negrito: precisa-se de alguém homem ou mulher que ajude uma pessoa a ficar contente porque esta está tão contente que não pode ficar sozinha com a alegria, e precisa reparti-la. Paga-se extraordinariamente bem: minuto por minuto paga-se com a própria alegria. É urgente pois a alegria dessa pessoa é fugaz como estrelas cadentes, que até parece que só se as viu depois que tombaram; precisa-se urgente antes da noite cair porque a noite é muito perigosa e nenhuma ajuda é possível e fica tarde demais. Essa pessoa que atenda ao anúncio só tem folga depois que passa o horror do domingo que fere. Não faz mal que venha uma pessoa triste porque a alegria que se dá é tão grande que se tem que a repartir antes que se transforme em drama. Implora-se também que venha, implora-se com a humildade da alegria-sem-motivo. Em troca oferece-se também uma casa com todas as luzes acesas como numa festa de bailarinos. Dá-se o direito de dispor da copa e da cozinha, e da sala de estar. P.S. Não se precisa de prática. E se pede desculpa por estar num anúncio a dilacerar os outros. Mas juro que há em meu rosto sério uma alegria até mesmo divina para dar.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Nós.


é isso que acontece quando deito
quando penso
quando tenso tudo fica em silêncio
e eu, quieta fora, quieta dentro, com uma musica de fundo, sempre
me vem um nó, que não se desfaz ao decorrer da semana
me amarra a perna, uma só
me amarra os braços, é, os dois
e circula por todo o meu peito,
até que acordo
e é aí que tudo está perdido
ainda fico deitada
ainda penso
mas sem tensão, aqui fica um barulho
eu queita fora, e festa dentro
nó se desfaz ou termina de me apertar
e levando, continuo
quieta fora, calma dentro, sem barulho, sem silêncio.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Com cor de primavera...



Deixei que brotasse em mim nessa primavera...




Tal com a Flor de Lótus cresce da escuridão do lodo para a superfície da água, abrindo sua flores somente após ter se erguido além as superfície, ficando imaculada de ambos, terra e água que a nutriram.

Do mesmo modo a Mente, nascida do corpo humano, expande suas verdadeiras qualidades (pétalas) após ter se erguido dos fluídos turvos da paixão, ego e ignorância, e transformando o poder tenebroso da profundidade no puro Néctar Radiante da Consciência Iluminada.


.......................................................


Não que eu tenha atingido a superfície desse pântano todo como a flor, nem nunca ficarei imaculada do que me nutre, mas atingir a profundidade do lodo, sair de qualquer escuridão, expandir verdadeiras qualidades é um bom ideal pro

Com cor na primavera, com a cor da primavera, viverei agora todas as estações com ela.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Que não seja então...

Bom acordar com a fome de hoje, fome de paisagens e lugares que só minha imaginação foi capaz de me levar. Que linda foi a minha viagem, cheguei cansada, mas louca pra repetir a dose de ar.
Saudade do sol batendo no meu rosto, e de ter desejo de caminhar em um infinito gramado com você, é, daqueles que nunca vai ter fim até deitarmos e acordamos na cama quente em um desses dias cinzas. Dias cinzas me deixam triste, consciência que me diz que tudo tem um fim me deixa triste, o gramado não é infinito.
Quero caminhadas na areia também, afinal, os dias cinzas também não são infinitos...

"Mas que seja infinito enquanto dure..."

Que eu tire o melhor proveito disso então. Sem pressa.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Com uma pitada de otimismo ...

Não sei por que mas faz uns três dias mais ou menos que tento postar algo que me vem na cabeça quando deito e nunca consigo. Sempre coisas com o computador acontecem, ou ele demora demais pra ligar, ou estão usando, ou o problema é comigo que esqueço do que queria escrever, perco a paciência.
Mas hoje a coisa funcionou e eu não tenho o sentimento que tinha ontem, nem o de antes de ontem, hoje é diferente, estou me sentindo um tanto quanto disposta, com vontade, e espero que não seja pelo ócio dos dias...
Sinto que deveria ter ficado com um enorme peso na consciência por não ter saído desde segunda feira pra fazer algo realmente produtivo, estava extremamente resfriada e até da yoga tive que faltar, mas estou sem peso algum por que hoje a conversa foi comigo, de Thaís pra Thaís.
Eu estava já de saco cheio da minha falta de ânimo pra realizar minhas atividades e isso andou me consumindo, e aí resolvi hoje mesmo acabar com ela, não foi tão simples assim mas comecei por investir em mim mesma e até consegui estudar história (que sempre que tentava acabava dormindo a tarde toda), fiz exercícios, e, pra descansar a mente cansada um livro gostoso, que eu espero acabar ainda essa semana (meta da vez).
Agora, depois de repensar minhas atitudes e me sentir leve, me preparo para a tortura que vem amanhã bem cedo, logo às oito, Estatística e experimentação. Confesso que não estou ansiosa para ver a bomba que levei na semana passada, nem ver a professora e muito menos saber os diâmetros dos pêssegos, mas, como tudo tem seu preço, estou pagando e se é pelo bem geral da nação digo que vou, mas não nunca disse que ficaria...
Bom, desabafada, livre, leve e solta e temperada com um pouco de otimismo, agora irei ligar pra alguém que me faça bem só pra falar boa noite e ir dormir bem sossegada, sem espirrar, sem febre, sem frio e sem peso, que amanhã tem mais pra mim, tem mais pro mundo.


”Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.”
Carlos Drummond de Andrade.


(Já que o texto todo, chamado "Recomeçar" me parece pura auto ajuda...)

Boa noite!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Avô


E eu ainda tenho aquela imagem em minha cabeça, não sei se foi sonho ou se foi a mais pura imaginação, mas é igual, sem nenhuma ação a mais e nenhuma a menos, sem mudar a cor do dia e nem o meu ângulo de visão.
Ele desceu aquela rampa na lateral do prédio sorrindo, estava vestido com uma calça de moletom azul marinho, seu casaco bege com pelos de ovelha e sua botina, exatamente como saiu. Desceu e me acenou, parecia alegre e calmo, segurava bem firme no corrimão. Eu fiquei o olhando de longe, acho que também sorri.
Foi bem aí que o telefone que ficava no meu quarto tocou e eu já sabia, ele se foi e me avisou.
Tudo ainda está na minha memória, as visitas aos domingos, o macarrão sem queijo que eu imito, a paciência a me ver pular corda na frente da madeireira e de me ensinar a fazer tranças no cabelo da boneca de lã. Tenho uma sensação de presença que só agora posso sentir. Ele ainda está aqui, eu ainda sou a favorita dele e a mais bonita das quatro meninas da família.
Já me disseram que viram ele por aqui, ao pé da minha cama, sentado na cadeira e guardando minha porta pelo corredor dos quartos, e até deu licença pra minha mãe passar certa vez...
Esses dias mesmo o senti por aqui, aliás senti alguém aqui o dia todo me observando. Resolvi encarar, fechei meus olhos e bati o maior papo,pedi muitas coisas e até ouvi suas respostas, apesar de não lembrar muito bem do real tom da sua voz.
Fiquei com a cabeça embaixo das cobertas com medo de ver o que eu realmente gostaria de ver, até que saí, senti uma calma diferente e uma lágrima, sem tristeza, correndo pelo meu rosto. Agora sei quem é meu anjo da guarda.

sábado, 24 de julho de 2010

Ah, que feio são minhas mudanças de humor, de sentimento, de cara e de jeito. Vou com o tempo.
Hoje fez calor e aproveitei pra exibir meus ombros que há tempos não ia exposto por aí, gosto deles, estava bem, comigo e com ele, o tempo. Até que veio o vento frio, já esperado, e tudo muda, o ombro, o tempo e o humor.
É o fato das coisas serem bem estranhas pra mim, tudo muito estranho que me estranho,e assim, mudo, talvez. Relacionamentos, desejos ou a falta de... é a estranheza de estranhar tudo que mora em mim. Você se torna um estranho pra mim. Eu sou uma estranha pra mim.


Espero que amanhã a temperatura suba mais um pouquinho, como hoje, mas, caso esfrie (e isso vai acontecer) vou estar com um casaco na mão, talvez um pouco mais quentinho que o vestido de hoje. Te reconhecerei melhor se conheço, me reconhecerei melhor, ou talvez me acostume com o tempo, que fica quente e fica frio, fica quente e fica frio, fica quente e fica frio...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Soneto do maior amor

Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando se sente alegre, fica triste
E se vê descontente, dá risada.
E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal-aventurada.
Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo
Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo.

Vinicius de Moraes

segunda-feira, 28 de junho de 2010

De volta ...

E de cima de um ônibus eu via um homem, o mesmo homem de sempre, que me olhava com a mesma expressão de sempre. Desci.
Entrei em uma ótica e não havia ninguém, ameacei
usar o telefone, ligar para a polícia mas não sei porque não fiz. Voltei apressada pra casa, sabia exatamente o que aconteceria, as pessoas que encontraria e o que me faltaria.
Tinha uma confusão enorme acontecendo, a mesma de anos atrás, mas não tenho certeza se era exatamente aqui, só sei que era tudo muito igual, havia a mesa de canto com telefone na casa da minha avó, o desespero para telefonar e nunca conseguir, até que me vi em casa, tentei telefonar mais algumas vezes mas nenhum dos telefones e nenhum dos celulares funcionavam, o número 190 ao ser digitado era 43 alguma coisa...é sempre a mesma coisa. E finalmente eles chegaram.
O homem de cabelos enrolados e camiseta azul chegava com uma faca na mão, as outras pessoas que com ele vinham pareciam cangaceiros, mas eles nunca entravam, o homem de cachos sempre quer cuidar de tudo sozinho.
E ele entrou pela janela, todos por aqui o encaravam e enfrentavam os outros que estavam lá fora, mas o homem sempre vinha na minha direção. Eu só tinha um martelo. A imagem das pessoas na cozinha, uma mulher bem mais velha lavando a louça enquanto toda confusão começava, a gaveta vazia com apenas colheres e conchas incapazes de ferir alguém.
O homem vinha com uma baita faca afiada e eu o esperava no canto da parede da minha sala de jantar, só esperando ele passar pra lhe dar uma grande martelada na cabeça. Ele passou, não tive coragem e logo que o vi comecei a chorar (tenho a impressão de que quando isso acontecia ainda criança eu era bem mais corajosa, dessa vez nem cheguei a ver o final) . Ele, não muito alto e nem muito forte, conseguiu me jogar em cima da mesa, e segurando meus pulsos, apoiando a ponta da faca em um deles, me dizia coisas horríveis que meus gritos abafavam, essas não consegui gravar nunca.
Meu grito era alto e forte, como sempre foi, eu via os dentes dele, o martelo ainda em minha mão e nenhuma força para reagir, nem coragem para deixa-lo banguelo, até que olhei o corte em meu pulso, pessoas correndo atrás dele, eu ainda gritando, e os tiros que gritavam lá fora.
Eram rojões em comemoração aos gols do Brasil. Acordei com o corpo todo marcado, e marcada mais uma vez por um sonho que sempre volta, ele sempre volta...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Veio o frio...

São quatro pés com meias, um par pra cada um de nós, um par.
O frio me chama a usar, inevitável, morro de frio sem o meu par.
Não te largo, eu te guardo, te visto, me visto de você. Sempre.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

"Dá-me tua mão desconhecida, que a vida está me doendo, e não sei como falar, a realidade é delicada demais, só a realidade é delicada, minha irrealidade e minha imaginação são mais pesadas".

Me vi hoje no que li, me vejo hoje só no que li...
(é exagero ... )

domingo, 23 de maio de 2010

Vários toques e nenhum toque .

Aqui tem um teclado, vários toques, tocaram a campanhia;
nenhuma companhia.
Quero fugir desses interesses desinteressantes e massantes;
sem cera, sem enrolar , sem esperar.
Quero ação, muita ação de alguém que toque com finalidade a campanhia
de toque;
de sinceridade;
de amizade;
de companhia;
de alegria;
e de papo, muito papo nosso, fora do portão, assim é bom.


Muito bom!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Tem coisas alí bem difíceis...
tem coisas alí tão fáceis...
tem coisas alí que me forçam a dar um grito ou forçam a queda de uma lágrima;
tem coisas alí que forçam meu sorriso a ficar exatamente onde está e levam meus lábios a outro. Tudo isso acontece.
Tem coisas alí que me deixam e me resgatam, que me empurram, me aconchegam e me acalmam...
Gosto das coisas que tem alí, as mãos dessas coisas estão sempre em mim, na minha alma, bem aqui.
Tem coisas, são coisas e me fazem coisas...
Você é toda essa coisa, e tem mais coisas, bem mais coisas...

terça-feira, 11 de maio de 2010

é ?

É, minha cabeça anda AGRedindo O NOvo Modo de Investir na vidA...
Na verdade já vinha assim há algum tempo, um tempinho bom até, mas não tão bom assim, tem que ter tempo (deveria ter aproveitado melhor o que tive? não funcionaria, acho!)...

Há uma dúvida
na minha vida, sobre minha vida que na verdade sei exatamente como é, mas não sei, não sei como faz ou como faço, se faço...
é assim? $?
mas e a coisa toda lá que é a vida?

(? !!!! é...)

Acho que sei, só acho, só quero o agradável, eu acho...
acho que acho oque eu acho que seja o agradável, só acho...
mas não me acho, ainda .

Bora lá, amanhã tem mais da vida,e cedo!

( é ? )

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Às palavras

Nisso
piso
pisco
penso
sonho
respondo
me irrito e grito.

Soltas assim, formam um ser.


Quero me deparar com elas juntas, bem encaixadas e delicadamente interpretadas;
são fortes, são pesadas, são leves e carregadas de sentidos, todos.
Não quero ouvir muito, prefiro ler, pegar, usar e abusar, e assim, qualquer coisa "Isso" formar.

Acho mágico, é de amar, e amo.

domingo, 25 de abril de 2010

É preciso ser feliz em algum lugar...
realmente!

(te roubei)
Tudo igual.
Nada muda.
Vejo minha vida mais ou menos como um círculo, um círculo apenas...
é como se a cada minuto passado eu desse um passo na borda desse círculo
o tempo vai passando e eu vou caminhando, com calma e esperança, alí, na bordinha;
mas me intriga, me irrita, me faz mal;
tudo parece acontecer, mas na verdade não acontece nada, dou uma volta completa no círculo, e paro alí, exatamente onde comecei.
Vai começar tudo denovo...
Pessoas passam na minha vida, mas acabam sempre no mesmo lugar;
amigos passam na minha vida, mudam, se transformam, e acabam sempre no mesmo lugar;
o amor acontece na minha vida, da um volta completa, às vezes duas ou mais, mas para sempre no mesmo lugar;
eu estou sempre no mesmo lugar...
me sinto cansada, pesada, sem forças e alí, no mesmo lugar .
Agora sem pique pra caminhar, ando preferindo dormir.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não atem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: “Fui eu?”
Deus sabe, porque o escreveu.


Fernando Pessoa
É que de repente, dentro de mim, tudo parece não caber;
é uma sensação gelada e ao mesmo tempo quente;
vem dos braços, para no coração, sobe na cabeça e vai...
parece ansiedade, mas não é, parece um pressentimento, mas não é;
me da desespero, quero dormir, não dá;
quero falar, não consigo;
quero explicar, impossível!

só sei que me amarra, sufoca meu coração e passa...
mas depois volta...
e passa...
e passa, e volta, e passa, e volta, e passa,e volta...mas passa!!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Reparei que ando absorvendo tudo,que absorvi na verdade. é por isso...
vi uma foto lá,era de sorrir, mas me deu uma vontade de chorar, porque?
Tô sentindo aquilo tudo de novo, mas acho que dessa vez não é pressentimen
to!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Perto passa...

Caramba, ele realmente é de assustar, você tem razão...
As pessoas chegam e vão embora rapidamente, em questão de minutos é hora do "tchau", em questão de minutos sua vida volta ao normal, aqui só fica a bagunça externa e a saudade lá dentro do peito, você faz falta!
Parar e pensar em tudo oque já passou, parece muito, foi pouco.
Parar pra pensar em quanto ainda se tem pra viver e cair na real que é só o começo também é de assustar.
O tempo tem o dom de assustar, por sorte as pessoas que realmente importam pra mim são incríveis,e insubistituíveis e ver o tempo passar com eles por perto faz parecer mais lento, ou mais calmo, ou menos assustador, quem sabe...
Todos os toques, conselhos, risadas e barulhos diários, lembranças, fotos, tudo me deixa nostálgica e o fato de eu sentir medo de ficar só por um minuto é comum, eu acho, não sei aproveitar o silêncio, nem a tristeza, nem a despedida, nem quero, é que não gosto, não consigo, mas é bom. AHN?!
Hoje me sinto bem, deve ser o tempo, mentira, foi a semana, foram vocês, "mesmão" .

Um bem


Um rosto inocente,doce, com uma feiçao sempre calma;
paços leves, as vezes rápidos, as vezes saltitantes;
risadas soltas por todos os cantos da casa;
choros e gritos histéricos soltos por todos os cantos da casa...
uma memice só;
um doce só;
uma criança só;
um beijinho molhado e sincero que transforma o meu dia, e uma bronca em risada;
como é importante;
apesar de me sentir tão chata e sem paciência, a cada dia descubro que viver sem, agora, é impossível;
o contato, a convivência nos torna assim, apegados, minha vontade é de segurar meu tempo aqui, e a infância que me rodeia sempre alí, intacta, sentir a inocência verdadeira e não fingida em alguém, é sempre bom. Quero um nó nesses momentos, e que sejam eternos.
Como é bom sentir o frio de Botucatu e ao mesmo tempo o calor das pessoas próximas.

segunda-feira, 29 de março de 2010


"Quando souber me avise, assim posso
despencar sossegada."

Vamos exalar juntos a alegria escondida em nossos poros;
todo o perfume que existe em um sentimento sincero;
todo cansaço deixado pelas lágrimas que já se foram, se foram;
desacelerar os nossos passos no caminho e deixar que o coração dispare por ele;
desligar a tv de nossas vidas e ativar toda a forma de contato;
deixar o beijo ser sentido e degustado como um doce;
parar de procurar o sentido e de esconder o sentimento diante dos fatos;
quero te sentir em mim denovo;
deixa o vento te tocar, deixa a música tocar, deixa o sentimento tocar;
feche os olhos e sinta que sentindo ou não, estamos alí, um pro outro, assim como somos.


Eu quero finalmente sentir tudo bem, acompanhada. Me dá sua mão?

domingo, 28 de março de 2010

Uma situação que não dava pra compreender, andei assim, sem compreender por uns longos e intermináveis dias a tal situação .Mas sabe que sempre que paro pra pensar em algo, acabo não chegando a conclusão nenhuma e sempre me perco nos meus pensamentos por qualquer coisa, fico sempre disfarçando meu sentimento, me forçando a pensar em outras coisas e assim fico bem. Fico nada, só parece, hoje até ouvi que era de dar nojo essa atitude de camuflagem da minha parte, mas até que dá pra viver com isso.
Nos ultimos dias, mais do que nunca, me sinto de mãos e pés amarrados, sem saber oque fazer da minha vida, sem saber como agir com coisas que fazem parte da minha vida, e que estão dentro de mim, minha vontade é de perguntar pra qualquer um que passe na minha frente coisas do tipo " oque eu faço?" , "como faço? ou "porque devo fazer?". Aí é ridículo . Eu deveria saber, que lamentável...
Já tentei explicar, que problema, acho que não sou muito clara, tenho certeza que minha cabeça não caminha no mesmo ritmo que a dele, mas, continuo tentando.
Estou alí, perdendo o rumo, até me perder em mim novamente, perder o fio da meada, e já nem saber mais do que estava falando.
Mas acontece que não estava mais conseguindo segurar a minha angústia, cheguei rápido em casa, não tão rápido quanto gostaria, mas assim que cheguei resolvi deitar, e aí é que a coisa piorou. Acho que qualquer pessoa no mundo gosta de se sentir querida e valorizada por outra, assim como gosta de receber todo o carinho e atenção que dá, de volta, mas nem sempre é assim, o fato é que desmontei que foi um absurdo, até fiquei com vergonha, mas fazer oque?
Acordei de olhos inchados, e fiz questão de não sair da cama tão cedo, tinha algo em mim me corroendo, me consumindo, me distruindo, queria fugir daquilo. Fui dar uma volta, mas não durou muito, assim que ouvi o apito do telefone meu coração quase saiu pela boca,e me veio, claro, mais duvidas.
Resolvi sair de casa para uma conversa séria, a principio pensei em falar tudo oque eu queria falar, tudo oque estava sentindo, jogar pra fora aquele monstro gigante, mas, ao deitar ao lado dele, parei pra ouvir, e aí todo meu meu argumento e discurso se foram pelo ralo. Perdi toda razão que tinha. Eu achava que tinha.
Encostei a cabeça no lençol e não aguentei, desmontei novamente, mas dessa vez deixei que rolasse, segui um conselho de uma pessoa que na bicuda entrou na minha vida e, bem no meio de uma palestra me disse : " Carregarei um vagão de merda com os dentes da frente se for preciso"...resolvi fazer aquilo também, e na hora, achei até bonito, e deixar uma coisa que pra mim tem sentido e sentimento acabar por uma falta de diálogo, sinceramente, a idéia não me agradava.
Mas eu acho, que isso tudo foi oque acabou comigo, foi bem na hora que resolvi reagir que a coisa desmoronou, minha vontade de dizer coisas que pra mim precisam ser ditas fica apitando na cabeça, no coração, na língua, mas isso ainda consigo segurar, o problema foi na hora que a discussão toda terminou, na verdade ela não terminou, aquele beijo rápido me veio como um golpe baixo, não aguentei, alí, sem ver nada, só sentindo a respiração quente no meu rosto, sabia que não conseguiria sair dalí, nem que eu quisesse, e a vontade de dizer gritou, segurei novamente.
Sinto que não deveria segurar isso, isso vai acabar escapando de mim na pior hora, mas tenho medo, muito medo, uma coisa que é boa pra mim pode piorar tudo ou melhorar, não sei, será que não custa tentar? Não sei exatamente até onde devo ir, e acho que eu não deveria pensar nisso, deveria apenas ir, mas é um direito que eu tenho de me proteger de sofrimentos, não é? mas acontece que já to sofrendo, e o sentimento já esta formado, por mais que não pareça.
O ruim é que ainda dói, mesmo depois de tudo, dói, e não suporto o fato de tudo que eu digo e disse aparecer sempre de uma forma negativa em meio a conversa, é quase uma fita na minha boca, o bom é que resolvi não me calar mais. Mas queria o fazer entender que quero, acima de tudo, ouvir.
Boto fé que vou conseguir, assim como consegui quebrar outras barreiras, pode demorar, pode acabar antes disso, mas um dia espero que ele note que não estou alí do seu lado em vão.

terça-feira, 23 de março de 2010

É bem mais do que isso...

Não fazia nem uma hora que estava em casa, deu tempo para um banho e só!
O tempo lá fora já estava horrível, ventando forte e chovendo, só faltava aqui, comigo.
Gota por gota caia no papel enquanto escrevia esse texto. Eram gotas das lágrimas que caiam do meu rosto, enquanto as gotas de chuva caiam do lado de fora.
Hoje nada me pareceu muito bom, quando pensei que finalmente teria calma e paz, geralmente coisas encontradas em casa, me enganei.
Chegando aqui percebi que relações familiares realmente são um problema, e quando você ouve que a convivência é impossível, é porque está impossível.
Brigar com minha peça chave nunca foi tão ruim como hoje,as palavras saíram facilmente e de ambas as partes, nada daquilo precisava ser dito e muito menos ouvido por nós. É incrível como nós seres humanos somos capazes de perder o controle das coisas, dos pensamentos e das palavras, consequentemente.
Tinhamos apenas um assistindo de camarote o nosso "show", este, ficou calado o tempo todo, enquato o resto da casa ouvia aos gritos e as palavras pesadas e sujas.Todos quietos.
Só sei que doeu, alguém alí deveria ter falado mais alto e impedido que essas duas bombas relógio explodissem ao mesmo tempo. Eu quis parar.
A voz dela com aquele som triste e nervosa, respondendo às minhas ofensas com ofensas ainda piores me doeu. Minha forma de parar foi ter pagado minha xícara de café com leite, ainda quente, e sair da cozinha sem dizer nada. E aí foi que outra discussão começou.
Pra completar, corri pra área para pensar, tentar não me culpar por aquilo tudo, mas foi impossível.
A sala começou a lotar, me incomodei com a presença das pessoas e fui logo pro meu quarto, lá sentei no chão e logo algumas lágrimas sufocadas começaram a cair,e com elas, esse texto.
Esse texto serviu, pelo menos, pra que eu parasse de chorar. De 15 em 15 minutos olhava para o telefone esperando ansiosa aquela voz que me acalmaria, mas nada. As palavras aqui formadas cuidaram disso.
O pior de tudo é que eu sei que isso tudo ainda não acabou, há ainda um longo caminho de orgulho até nossos pedidos de desculpas chegarem, se é que chegarão.
A chuva parou, e lá fora só ficou o molhado, o vento e o frio, como aqui, em casa.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Especial

A forma como me toca, me toca...
esses olhos que parecem vidros e a forma como me olham, me toca!
a forma como age me toca...
a forma como sente me toca,a forma como o sinto me toca...

me toca...
e de tão sensível,leve e bom, me toca...
e me toca....

Pensei, senti falta, tá aí




Me sinto bem com um amigo,
me sinto livre com esse amigo,
me sinto leve, me sinto outra.
Cada olhar torto eu sinto que entendo,
sinto que ele entende,
sinto que me sinto bem, e que ele sabe!
Com cada braço ele me abraça e com esse abraço ele colabora com meu humor,
E que humor!
Parece metade, me reflete, me vejo ...
Tão pouco tempo, já conquistou!
e sinto, mais uma vez, que nada disso passou...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Uma reflexão na pia...

Ouvindo o barulho da água caindo na pia lembrei...
lembrei da noite passada, tão bonita, tão sensível, tão sem dor
de repente, um reflexo, um susto, uma luz, uma voz, aquele som...
caração disparou,a voz sumiu, veio o riso...
mas estava tão bom ...
mas hoje veio o medo, o medo de acordar e ter algum rancor ...
Pááff !
um copo quebrou...
mais um...
Não deveria ser tão distraída.
Algo alí me fez bem,
não sei se foi a água, não sei se foi a louça...
mas hoje não houve rancor, nem chingo, nem sequer um olhar diferente...não sei se queria assim, mas... que alívio!
acabei rindo novamente .

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ficar olhando e sentindo só não basta...eu sei,
quero enxugar a angustia, retirar do seu peito e substituir esse vazio por algo grandioso, marcante e bom..
quero ajudar, não sei se palavras resolvem, não sei se apenas gestos resolveriam...
sinta a angustia nos meus olhos como sinto elas nos teus,
estou do seu lado, e saiba!
Quero te fazer o bem assim como me faz, te trazer alegria assim como me traz e enfim fazer você sentir aquilo tudo que me faz.

E que comece...

É só um motivo, um pretexto pra tentar me "livrar" do peso que é sentir e não conseguir falar.
Contato demais com pessoas que nunca estiveram dispostas a ouvir, nem a falar, nem a aconselhar nem a abrir mao de nada pra ajudar a outra sao coisas que foram me travando cada vez mais, como ouvinte as vezes consigo me sentir ótima, mas na hora de falar...
Uma certa conversa com um amigo que não estava bem me ajudou muito, minha intenção era de o ajudar e acabei me envolvendo demais, ele pra mim, um espelho, tudo oque tentava me dizer se encaixava perfeitamente com aquilo que nunca conseguiria dizer, nem admitir que nao consigo, escrevendo é bem mais facil pra mim, mas acabei dizendo oq sentia e achava daquilo tudo.Acabou escapando.
nao sei oq acontece, nao conseguir me livrar de mim é terrivel...me sentir fechada a todo momento e nao demonstrar fraqueza por nada nao me faz bem, mas me acostumei a ser assim, sempre tive a necessidade de me mostrar forte em tudo até que fiquei assim, nao forte, mas sem expressao alguma...
Talvez isso aqui me ajude a desintupir um pouco, morro de vergonha de me expressar, de ler as coisas que escrevo e até de falar oque sinto..mas chega de enrolação, preciso de uma mudança, uma readaptação, e que comece!