sábado, 14 de janeiro de 2012

O verão aqui de casa

     
      Uma valsa sinestésica me embala nessas tardes cinza e estranhas de verão, é mais ou menos como uma canção que o vento bate e faz “vuuuu” na minha janela, dá vontade de dormir, dá vontade de cantar, dá vontade de chorar, e dá vontade de esquecer.
       Esse frio, calor, gotas e cheiros do dia-a-dia me dão a sensação de que tudo irá se acalmar logo, me dá a certeza de que banhos de cachoeiras salvam sim uma alma quebrada e outra, e que, apesar de tudo, é até bom estar em casa.




sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

algum manual ou a solução

Se eu cair na roda, não me puxe de lá.
Se eu soltar a corda, se existir um lado de lá, pode deixar,
Se eu correr feito doida, gritar e me matar, não me deixe continuar
Mereço um tapa na cara
Um beijo no rosto
Um abraço saudoso
E até um sonho bom.
Mereço acordar com ar. De um tempo pelo menos pra eu sarar.
Porque há uma roda de samba
Uma corda que não é bamba
E um espaço pra eu correr e descansar
Sem esquecer que um dia
Precisei deixar tudo a Deus dará.