sexta-feira, 27 de maio de 2011

Do(eu)

Nada mais, nada além daquele cheiro doce da minha vida ficou

Tudo desceu pelo ralo, então, o cheiro ficou

Vestígios de banhos

De sonhos

De dores e amores que permanecem no chão, por enquanto.

Calmapex, receitas, chocolate e comédia não passam pela minha peneira.

De tudo o que conseguiu ser engolido pelo ralo, quem não desceu fui eu.

E o ralo,

o ralo sou eu.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Até o fim.

Vai que cedo eu ainda morra

Já que a linha da vida desenhada em minhas mãos são as mais curtas

E das distrações sempre longas, sempre maiores, vem sempre um acidente.

A fumaça na janela da cozinha fazia uma curva

Mais ou menos querendo me mostrar o caminho

O caminho que era do lado de fora de cá

E o caminho que mora dentro, a cá

a cada dia se entristece

Se desfaz

E se faz

Se faz novo

Em vida

E cor

Daquele azul céu que desenhamos

Ou do breu que deixamos

Te juro, ficaram desenhos bonitos em nuvens

E estrelas distraídas

Até minha linha acabar.

E tudo foi culpa do Querubim, daquele anjo safado.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Hoje também venta


Eu estava naquela caminhada, de costas

Ventava, me queimava com o sol que ardia na paisagem Paranaense que eu nem se quer conhecia

Alguma das fotos eu sei que você batia

Lembro bem das tartarugas, das árvores que tinha

Dos presentes que escolhemos, e do frio que também fazia

Lembro da manhã tão rápida e fugitiva, em que resolveu voltar

E da tarde, tão confundida, em que resolvemos partir.