sábado, 24 de julho de 2010

Ah, que feio são minhas mudanças de humor, de sentimento, de cara e de jeito. Vou com o tempo.
Hoje fez calor e aproveitei pra exibir meus ombros que há tempos não ia exposto por aí, gosto deles, estava bem, comigo e com ele, o tempo. Até que veio o vento frio, já esperado, e tudo muda, o ombro, o tempo e o humor.
É o fato das coisas serem bem estranhas pra mim, tudo muito estranho que me estranho,e assim, mudo, talvez. Relacionamentos, desejos ou a falta de... é a estranheza de estranhar tudo que mora em mim. Você se torna um estranho pra mim. Eu sou uma estranha pra mim.


Espero que amanhã a temperatura suba mais um pouquinho, como hoje, mas, caso esfrie (e isso vai acontecer) vou estar com um casaco na mão, talvez um pouco mais quentinho que o vestido de hoje. Te reconhecerei melhor se conheço, me reconhecerei melhor, ou talvez me acostume com o tempo, que fica quente e fica frio, fica quente e fica frio, fica quente e fica frio...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Soneto do maior amor

Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando se sente alegre, fica triste
E se vê descontente, dá risada.
E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal-aventurada.
Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo
Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo.

Vinicius de Moraes