segunda-feira, 29 de março de 2010


"Quando souber me avise, assim posso
despencar sossegada."

Vamos exalar juntos a alegria escondida em nossos poros;
todo o perfume que existe em um sentimento sincero;
todo cansaço deixado pelas lágrimas que já se foram, se foram;
desacelerar os nossos passos no caminho e deixar que o coração dispare por ele;
desligar a tv de nossas vidas e ativar toda a forma de contato;
deixar o beijo ser sentido e degustado como um doce;
parar de procurar o sentido e de esconder o sentimento diante dos fatos;
quero te sentir em mim denovo;
deixa o vento te tocar, deixa a música tocar, deixa o sentimento tocar;
feche os olhos e sinta que sentindo ou não, estamos alí, um pro outro, assim como somos.


Eu quero finalmente sentir tudo bem, acompanhada. Me dá sua mão?

domingo, 28 de março de 2010

Uma situação que não dava pra compreender, andei assim, sem compreender por uns longos e intermináveis dias a tal situação .Mas sabe que sempre que paro pra pensar em algo, acabo não chegando a conclusão nenhuma e sempre me perco nos meus pensamentos por qualquer coisa, fico sempre disfarçando meu sentimento, me forçando a pensar em outras coisas e assim fico bem. Fico nada, só parece, hoje até ouvi que era de dar nojo essa atitude de camuflagem da minha parte, mas até que dá pra viver com isso.
Nos ultimos dias, mais do que nunca, me sinto de mãos e pés amarrados, sem saber oque fazer da minha vida, sem saber como agir com coisas que fazem parte da minha vida, e que estão dentro de mim, minha vontade é de perguntar pra qualquer um que passe na minha frente coisas do tipo " oque eu faço?" , "como faço? ou "porque devo fazer?". Aí é ridículo . Eu deveria saber, que lamentável...
Já tentei explicar, que problema, acho que não sou muito clara, tenho certeza que minha cabeça não caminha no mesmo ritmo que a dele, mas, continuo tentando.
Estou alí, perdendo o rumo, até me perder em mim novamente, perder o fio da meada, e já nem saber mais do que estava falando.
Mas acontece que não estava mais conseguindo segurar a minha angústia, cheguei rápido em casa, não tão rápido quanto gostaria, mas assim que cheguei resolvi deitar, e aí é que a coisa piorou. Acho que qualquer pessoa no mundo gosta de se sentir querida e valorizada por outra, assim como gosta de receber todo o carinho e atenção que dá, de volta, mas nem sempre é assim, o fato é que desmontei que foi um absurdo, até fiquei com vergonha, mas fazer oque?
Acordei de olhos inchados, e fiz questão de não sair da cama tão cedo, tinha algo em mim me corroendo, me consumindo, me distruindo, queria fugir daquilo. Fui dar uma volta, mas não durou muito, assim que ouvi o apito do telefone meu coração quase saiu pela boca,e me veio, claro, mais duvidas.
Resolvi sair de casa para uma conversa séria, a principio pensei em falar tudo oque eu queria falar, tudo oque estava sentindo, jogar pra fora aquele monstro gigante, mas, ao deitar ao lado dele, parei pra ouvir, e aí todo meu meu argumento e discurso se foram pelo ralo. Perdi toda razão que tinha. Eu achava que tinha.
Encostei a cabeça no lençol e não aguentei, desmontei novamente, mas dessa vez deixei que rolasse, segui um conselho de uma pessoa que na bicuda entrou na minha vida e, bem no meio de uma palestra me disse : " Carregarei um vagão de merda com os dentes da frente se for preciso"...resolvi fazer aquilo também, e na hora, achei até bonito, e deixar uma coisa que pra mim tem sentido e sentimento acabar por uma falta de diálogo, sinceramente, a idéia não me agradava.
Mas eu acho, que isso tudo foi oque acabou comigo, foi bem na hora que resolvi reagir que a coisa desmoronou, minha vontade de dizer coisas que pra mim precisam ser ditas fica apitando na cabeça, no coração, na língua, mas isso ainda consigo segurar, o problema foi na hora que a discussão toda terminou, na verdade ela não terminou, aquele beijo rápido me veio como um golpe baixo, não aguentei, alí, sem ver nada, só sentindo a respiração quente no meu rosto, sabia que não conseguiria sair dalí, nem que eu quisesse, e a vontade de dizer gritou, segurei novamente.
Sinto que não deveria segurar isso, isso vai acabar escapando de mim na pior hora, mas tenho medo, muito medo, uma coisa que é boa pra mim pode piorar tudo ou melhorar, não sei, será que não custa tentar? Não sei exatamente até onde devo ir, e acho que eu não deveria pensar nisso, deveria apenas ir, mas é um direito que eu tenho de me proteger de sofrimentos, não é? mas acontece que já to sofrendo, e o sentimento já esta formado, por mais que não pareça.
O ruim é que ainda dói, mesmo depois de tudo, dói, e não suporto o fato de tudo que eu digo e disse aparecer sempre de uma forma negativa em meio a conversa, é quase uma fita na minha boca, o bom é que resolvi não me calar mais. Mas queria o fazer entender que quero, acima de tudo, ouvir.
Boto fé que vou conseguir, assim como consegui quebrar outras barreiras, pode demorar, pode acabar antes disso, mas um dia espero que ele note que não estou alí do seu lado em vão.

terça-feira, 23 de março de 2010

É bem mais do que isso...

Não fazia nem uma hora que estava em casa, deu tempo para um banho e só!
O tempo lá fora já estava horrível, ventando forte e chovendo, só faltava aqui, comigo.
Gota por gota caia no papel enquanto escrevia esse texto. Eram gotas das lágrimas que caiam do meu rosto, enquanto as gotas de chuva caiam do lado de fora.
Hoje nada me pareceu muito bom, quando pensei que finalmente teria calma e paz, geralmente coisas encontradas em casa, me enganei.
Chegando aqui percebi que relações familiares realmente são um problema, e quando você ouve que a convivência é impossível, é porque está impossível.
Brigar com minha peça chave nunca foi tão ruim como hoje,as palavras saíram facilmente e de ambas as partes, nada daquilo precisava ser dito e muito menos ouvido por nós. É incrível como nós seres humanos somos capazes de perder o controle das coisas, dos pensamentos e das palavras, consequentemente.
Tinhamos apenas um assistindo de camarote o nosso "show", este, ficou calado o tempo todo, enquato o resto da casa ouvia aos gritos e as palavras pesadas e sujas.Todos quietos.
Só sei que doeu, alguém alí deveria ter falado mais alto e impedido que essas duas bombas relógio explodissem ao mesmo tempo. Eu quis parar.
A voz dela com aquele som triste e nervosa, respondendo às minhas ofensas com ofensas ainda piores me doeu. Minha forma de parar foi ter pagado minha xícara de café com leite, ainda quente, e sair da cozinha sem dizer nada. E aí foi que outra discussão começou.
Pra completar, corri pra área para pensar, tentar não me culpar por aquilo tudo, mas foi impossível.
A sala começou a lotar, me incomodei com a presença das pessoas e fui logo pro meu quarto, lá sentei no chão e logo algumas lágrimas sufocadas começaram a cair,e com elas, esse texto.
Esse texto serviu, pelo menos, pra que eu parasse de chorar. De 15 em 15 minutos olhava para o telefone esperando ansiosa aquela voz que me acalmaria, mas nada. As palavras aqui formadas cuidaram disso.
O pior de tudo é que eu sei que isso tudo ainda não acabou, há ainda um longo caminho de orgulho até nossos pedidos de desculpas chegarem, se é que chegarão.
A chuva parou, e lá fora só ficou o molhado, o vento e o frio, como aqui, em casa.