terça-feira, 3 de maio de 2011

Hoje também venta


Eu estava naquela caminhada, de costas

Ventava, me queimava com o sol que ardia na paisagem Paranaense que eu nem se quer conhecia

Alguma das fotos eu sei que você batia

Lembro bem das tartarugas, das árvores que tinha

Dos presentes que escolhemos, e do frio que também fazia

Lembro da manhã tão rápida e fugitiva, em que resolveu voltar

E da tarde, tão confundida, em que resolvemos partir.

3 comentários:

  1. Quantas outras paisagens ainda serão desconhecidas?
    estáticas e frias até que cheguemos para dar vida com os olhos, tato com os pés, sentido com o amor.
    Mesmo que as manhãs passem ligeiras não seremos seus fugitivos. Não há o que temer no encontro dos amantes. Adia-lo é tortura. Essa história de respeito é tão difícil quando se trata de respeitar alguém que se ama. Esse amor não tem respeito por ninguém. Parece que só se importa com ele mesmo, que nada mais pode ser tão importante, que valha a pena. O meu amor tem essa razão.

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  2. Numa manhãzinha bordado a sol se pode viver uma vida inteira do lado de um sonho, de um amor... Mas é preciso estar só, as vezes. Forçar é se matar mais rápido e morrer de amor é lindo, mas calma... O amor sabe bem do seu caminho. Se não sabe, sofrer é um bom começo.

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  3. Sempre acredito mais no "ato sem palavras". O que você roubou, ou o que eu te dei, está aí com você até que encontre um lugar melhor para deixá-lo. Foi tudo, foi o tempo, foi o espaço, são todas as coisas, são todas nossas. Nossos egoísmos. Te fiz minha maior amante. Quero fazer mais daquele "nosso cheiro" que sempre ficou no ar. Só que teremos outros perfumes. Mais leves, delicados, mas que se liquefazem na ardência do que sentimos em saliva, gozo, lágrimas. Te amo. Cuida bem do eu que tô aí, apazigua meu coração roubado no teu colo.

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