segunda-feira, 23 de maio de 2011

Até o fim.

Vai que cedo eu ainda morra

Já que a linha da vida desenhada em minhas mãos são as mais curtas

E das distrações sempre longas, sempre maiores, vem sempre um acidente.

A fumaça na janela da cozinha fazia uma curva

Mais ou menos querendo me mostrar o caminho

O caminho que era do lado de fora de cá

E o caminho que mora dentro, a cá

a cada dia se entristece

Se desfaz

E se faz

Se faz novo

Em vida

E cor

Daquele azul céu que desenhamos

Ou do breu que deixamos

Te juro, ficaram desenhos bonitos em nuvens

E estrelas distraídas

Até minha linha acabar.

E tudo foi culpa do Querubim, daquele anjo safado.

2 comentários:

  1. Fim de um, começo da do outro. Linha não da vida, mas do que, como vc diz, percebi tarde. Deixemos a mescla do pôr-do-sol.

    ResponderExcluir
  2. Gosto tanto de ler o que você escreve...

    ResponderExcluir